Vi em duas sessões Cenas de um Casamento do Bergman na versão feita para a TV. Feito em 1973, auge da ditadura no Brasil. Acho que vi no final dos anos 70 ou início dos 80, não me lembro. Era a discussão das relações afetivas no auge do interesse dos jovens casais como eu.
Estava com receio de ver e me decepcionar, ou ainda que me levasse para lembranças dolorosas, ou ainda de achar velho demais para o momento.
Nada disso. Foi muito bom ver de novo. E ver como este cineasta era avançado para a época e os dias de hoje. As questões colocadas neste filme me mostraram que algumas delas são de caráter universal e não necessariamente ligadas a uma sociedade ou cultura. Suécia, padrões econômicos e culturais elevados e mesmo assim, ali estavam os nossos problemas, de homens e mulheres e sua vida como casal e envolvimento familiar.
O casamento, um estado específico de relacionamento a dois instável cheio de defeitos e acomodações. O filme traz cenas impagáveis, como a mulher que se consulta e conta que fez um pacto com o marido para separarem-se só quando os filhos crescessem mesmo sabendo que não havia amor no casamento. Liv Ullman expressa em cada olhar uma interiorização de seus sentimentos. E ela como personagem que aposta em seu casamento "com gosto de maçã mordida como diz Cazuza". Genial. E a solução encontrada no final, do relacionamento possível é muito bonito, a cumplicidade, amizade e intimidade que não se perde mesmo com eles vivendo outros casamentos. Vale a pena assistir esta versão.
Este filme me deixou feliz de ver de maneira mais aberta, como se um mundo se abrisse sem o pré conceito de um caminho linear.
Miscelânea - mistura de variadas compilações literárias, mistura de coisas diversas; mixórdia; confusão, amontoamento; salgalhada.(segundo o dicionário Aurélio). A valorização das identidades culturais na vida urbana é um desafio importante na metrópole paulistana para o reconhecimento de seus habitantes entre si. A arquitetura e o urbanismo podem construir esse lugar. Criar os lugares de encontro, da memória, os lugares para a criação, o lugar de cada um e o lugar de todos.
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