Vi o filme do Luiz Gonzaga no domingo. Fui à sessão das 20:30, horário que todo mundo em São Paulo começa a encerrar seu domingo para enfrentar mais uma semana de trabalho.
Normalmente não gosto muito de filmes biográficos pois às vezes são descrições enfadonhas de fatos que já conhecemos e não há a surpresa da ficção.
Mas, este me surpreendeu. Gostei de tudo, atores, fotografia, um retrato do Brasil dos preconceitos e da alegria nos rincões mais distantes do sertão nordestino apesar da dura vida do sertanejo.
Me comoveu muito a relação de pai e filho, sabia superficialmente dos conflitos mas a reconstrução dos laços rompidos de maneira tão bonita e a constatação de que as circunstâncias definem muitas das nossas atitudes, me fez refletir sobre minha vida e meus afetos, por onde andaram e como eles se modificaram.
"O homem é o homem e a sua circunstância" como disse o filósofo espanhol José Ortega y Gasset (1883-1955).
Isso explica muito da vida, pena que no desenrolar dos fatos não enxergamos as circunstâncias como algo importante para as escolhas na vida.
Quando o filme acabou eu não conseguia sair do lugar, primeiro pela música, mas parecia que a estória ainda estava ali e olhei para os lados e vi que ninguém se levantava para ir embora mesmo já sendo o fim do domingo.
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