Miscelânea - mistura de variadas compilações literárias, mistura de coisas diversas; mixórdia; confusão, amontoamento; salgalhada.(segundo o dicionário Aurélio). A valorização das identidades culturais na vida urbana é um desafio importante na metrópole paulistana para o reconhecimento de seus habitantes entre si. A arquitetura e o urbanismo podem construir esse lugar. Criar os lugares de encontro, da memória, os lugares para a criação, o lugar de cada um e o lugar de todos.
quarta-feira, 5 de setembro de 2012
O blog e o ensinar
1900 visitas completadas hoje. Eu fico feliz de saber que o que me interessa também interessa a outros. A cidade onde nasci, a cidade brasileira, arquitetura e urbanismo, o desenho, música, literatura e cinema. É um pouquinho da matriz da qual somos feito, devo isto a meu pai e minha mãe e a FAU onde conheci, vivi e me misturei com estes assuntos. Uma vida em cinco anos que marcaram os restantes. Digo aos alunos que ali me parece uma segunda casa. Espero que eles vivam esta experiência também e façam do seu futuro uma miscelânea para compartilhar com milhares o conhecimento adquirido.
segunda-feira, 20 de agosto de 2012
Música de hoje
Alguém que transforma o erudito em popular, que arranjo!! O violino é demais. A música Cajuína de Caetano Veloso no álbum "Eu não peço desculpa" também tem um arranjo que dá vontade de ouvir repetidas vezes. Eu não me canso de ouvir.
Jorge Mautner
Eu não peço desculpa
e nem peço perdão
Não, não é minha culpa
Essa minha obsessão
Já não agüento mais
Ver o meu coração
Como um vermelho balão
Rolando e sangrando
Chutado pelo chão
Psicótico, neurótico, todo errado
Só porque eu quero alguém
Que fique vinte e quatro horas do meu lado
No meu coração eternamente colado
No meu coração eternamente colado
e nem peço perdão
Não, não é minha culpa
Essa minha obsessão
Já não agüento mais
Ver o meu coração
Como um vermelho balão
Rolando e sangrando
Chutado pelo chão
Psicótico, neurótico, todo errado
Só porque eu quero alguém
Que fique vinte e quatro horas do meu lado
No meu coração eternamente colado
No meu coração eternamente colado
domingo, 19 de agosto de 2012
quarta-feira, 15 de agosto de 2012
Mosteiro de São Bento no RJ
Uma visita à mais importante expressão do barroco no Rio de Janeiro, o Mosteiro de São Bento.
Simples por fora e suntuoso por dentro, quase impacto ao adentrar na nave da igreja. Vista privilegiada da baía de Guanabara, fica no alto do novo porto do Rio que começa a ser renovado.
Simples por fora e suntuoso por dentro, quase impacto ao adentrar na nave da igreja. Vista privilegiada da baía de Guanabara, fica no alto do novo porto do Rio que começa a ser renovado.
O descobrimento, Mário de Andrade no disco de Bethânea
poema "o descobrimento" trecho, de Mário de Andrade,
lido por Ferreira Gullar no disco de Bethânea
abancado à escrivaninha
em são paulo
na minha casa da rua
lopes chaves
de supetão senti um
friúme por dentro
fiquei trêmulo, muito
comovido
com o livro palerma
olhando pra mim
não vê que me lembrei que lá
no norte, meu deus!
muito longe de mim
na escuridão ativa da noite que
caiu
um homem pálido magro de
cabelo escorrendo nos olhos,
depois de fazer uma pele com a
borracha do dia,
faz pouco se deitou, está dormindo.
esse homem é brasileiro que
nem eu.
lido por Ferreira Gullar no disco de Bethânea
abancado à escrivaninha
em são paulo
na minha casa da rua
lopes chaves
de supetão senti um
friúme por dentro
fiquei trêmulo, muito
comovido
com o livro palerma
olhando pra mim
não vê que me lembrei que lá
no norte, meu deus!
muito longe de mim
na escuridão ativa da noite que
caiu
um homem pálido magro de
cabelo escorrendo nos olhos,
depois de fazer uma pele com a
borracha do dia,
faz pouco se deitou, está dormindo.
esse homem é brasileiro que
nem eu.
"Felicidade se acha é em horinhas de descuido" - João Guimarães Rosa (Barra da Vaca) tutaméia
Música do dia, Maria Bethânia, "Brasileirinho",
Cigarro de paia
Armando Cavalcanti, Klecius Caldas
meu cigarro de paia
meu cavalo ligeiro
minha rede de malha
meu cachorro trigueiro
quando a manhã vem clareando
deixo a rede a balançar
no meu cavalo vou montando
deixo o cão pra vigiar
cendo um cigarro vez em quando
pra me esquecer de me alembrar
que só me falta uma bonita
morena
pra mais nada me faltar
Cigarro de paia
Armando Cavalcanti, Klecius Caldas
meu cigarro de paia
meu cavalo ligeiro
minha rede de malha
meu cachorro trigueiro
quando a manhã vem clareando
deixo a rede a balançar
no meu cavalo vou montando
deixo o cão pra vigiar
cendo um cigarro vez em quando
pra me esquecer de me alembrar
que só me falta uma bonita
morena
pra mais nada me faltar
segunda-feira, 13 de agosto de 2012
Filmes da semana
Além da liberdade - o extremo de uma luta que perde de vivenciar momentos cruciais dos laços afetivos mais caros, será que isto é justo?
A beira do caminho - Brasil da solidão com a música de Roberto Carlos, João Miguel como sempre ator que transmite a verdade do personagem, o garoto é surpreendente.
A beira do caminho - Brasil da solidão com a música de Roberto Carlos, João Miguel como sempre ator que transmite a verdade do personagem, o garoto é surpreendente.
Rio de Janeiro uma deriva pelo centro , julho de 2012
Estive no Rio entre o dia 21 e 30 de julho, fiquei na Tijuca como sempre, na casa de Álvaro e Liliam que sempre me recebem muito bem. Já convivo no bairro com certa intimidade. Gosto das ruas arborizadas que tem até macaquinhos pulando entre as árvores. Ando até o metrô Saens Peña e de lá me desloco para o centro para as praias e para os museus.
Havia realizado um roteiro em fevereiro e como sempre ficou uma lista pendente de visitas. Voltei agora com o objetivo de retomar e concluí-las.
Mais uma vez ficaram pendências. Uma cidade não se esgota. Principalmente quando ela foi a Capital do Império e da República até pouco tempo atrás. Gosto do Rio como se fosse também a minha casa. Nos faz falta olhar para o céu e ver uma montanha logo ali, uma floresta subindo o Alto da Boa Vista. Por onde se anda há uma relação com a paisagem, geográfica ou histórica ou as duas ao mesmo tempo.
Dessa vez me perdi pelo centro no entorno da Praça XV, no Paço Imperial, fui ver a praça de dia, andar fotografar. Descobri o Arco do Teles e as ruas guardadas por ele. Conheci a Rua do Ouvidor sob outro ângulo. Já a conhecia do lado de lá da Avenida 1o de março. Descobri porque desse nome, foi o dia em que o Brasil ganhou a Guerra do Paraguai.
Andava intrigada por conhecer a velha Catedral da Sé, pois, só sabia da nova que causara grande polêmica na época de sua construção. Infelizmente ela estava fechada e só pude vê-la por fora mas conheci um beco com o nome do Beco dos Barbeiros, nome muito peculiar. A história cotidiana de diversas épocas está registrada nestes pequenos detalhes.
Fui ao Palácio Tiradentes e entrei nele pela primeira vez. Me dei conta que ali aconteceu a Constituinte de 1946, de que ali ficou preso Tiradentes. Não é somente o atual edifício da Assembléia Legislativa do Rio, vi o plenário principal e lembrei da cena do filme Tropa de Elite.
Descobri o chamado Cais Farô que na verdade era um chafariz do mestre Valentim, onde o mar chegava perto. Cada vez mais me convenço da necessidade da derrubada do viaduto em frente à Praça XV.
A baía vai se descortinar e os edifícios de vários momentos da história do Brasil poderão ser vistos com o enquadramento que eles merecem, como o Museu Histórico Nacional, cujo acervo é como se estivéssemos vendo a matriz daquilo que somos feito e da configuração da nossa nacionalidade. Esta é uma das escalas do projeto como diz o Professor Cláudio Gomes. Não necessariamente dimensional mas, do lugar, de sua gente, de sua cultura. Há muito que dizer ainda mas, voltarei para este texto mais tarde.
Na Rua do Ouvidor conheci uma preciosidade do Rio uma livraria chamada Folha Seca especializada nas coisas do Rio, a Rua se transforma quando a noite cai tomada pelas mesas dos bares e é um prazer conversar ao ar livre no meio da rua próximo à livraria. Aos sábados a música completa este quadro e invade o lugar com samba e chorinhos como se o Brasil inteiro coubesse ali. Não fui no sábado mas certamente voltarei, uma cidade não se esgota.
Havia realizado um roteiro em fevereiro e como sempre ficou uma lista pendente de visitas. Voltei agora com o objetivo de retomar e concluí-las.
Mais uma vez ficaram pendências. Uma cidade não se esgota. Principalmente quando ela foi a Capital do Império e da República até pouco tempo atrás. Gosto do Rio como se fosse também a minha casa. Nos faz falta olhar para o céu e ver uma montanha logo ali, uma floresta subindo o Alto da Boa Vista. Por onde se anda há uma relação com a paisagem, geográfica ou histórica ou as duas ao mesmo tempo.
Dessa vez me perdi pelo centro no entorno da Praça XV, no Paço Imperial, fui ver a praça de dia, andar fotografar. Descobri o Arco do Teles e as ruas guardadas por ele. Conheci a Rua do Ouvidor sob outro ângulo. Já a conhecia do lado de lá da Avenida 1o de março. Descobri porque desse nome, foi o dia em que o Brasil ganhou a Guerra do Paraguai.
Andava intrigada por conhecer a velha Catedral da Sé, pois, só sabia da nova que causara grande polêmica na época de sua construção. Infelizmente ela estava fechada e só pude vê-la por fora mas conheci um beco com o nome do Beco dos Barbeiros, nome muito peculiar. A história cotidiana de diversas épocas está registrada nestes pequenos detalhes.
Fui ao Palácio Tiradentes e entrei nele pela primeira vez. Me dei conta que ali aconteceu a Constituinte de 1946, de que ali ficou preso Tiradentes. Não é somente o atual edifício da Assembléia Legislativa do Rio, vi o plenário principal e lembrei da cena do filme Tropa de Elite.
Descobri o chamado Cais Farô que na verdade era um chafariz do mestre Valentim, onde o mar chegava perto. Cada vez mais me convenço da necessidade da derrubada do viaduto em frente à Praça XV.
A baía vai se descortinar e os edifícios de vários momentos da história do Brasil poderão ser vistos com o enquadramento que eles merecem, como o Museu Histórico Nacional, cujo acervo é como se estivéssemos vendo a matriz daquilo que somos feito e da configuração da nossa nacionalidade. Esta é uma das escalas do projeto como diz o Professor Cláudio Gomes. Não necessariamente dimensional mas, do lugar, de sua gente, de sua cultura. Há muito que dizer ainda mas, voltarei para este texto mais tarde.
Na Rua do Ouvidor conheci uma preciosidade do Rio uma livraria chamada Folha Seca especializada nas coisas do Rio, a Rua se transforma quando a noite cai tomada pelas mesas dos bares e é um prazer conversar ao ar livre no meio da rua próximo à livraria. Aos sábados a música completa este quadro e invade o lugar com samba e chorinhos como se o Brasil inteiro coubesse ali. Não fui no sábado mas certamente voltarei, uma cidade não se esgota.
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